Antônio Carlos Moreira Pires
(Ituaçu/BA, 08 de julho de 1947)
(Rio de Janeiro/RJ, 13 de abril de 2020).
Moraes Moreira foi um cantor, compositor e músico brasileiro, membro do grupo “Novos Baianos”, do qual era um dos líderes, entrando mais tarde em carreira solo que rendeu vinte e nove álbuns. Moraes esteve envolvido na gravação de quarenta álbuns completos com os “Novos Baianos” e o trio elétrico "Dodô e Osmar”, além de mais dois álbuns com a Pepeu Gomes. Tornando-se um dos compositores mais versáteis do Brasil, Moraes Moreira sintetizou gêneros como rock, samba, choro, frevo, baião e música erudita. Moraes Moreira foi eleito como o 57ª maior artista da música brasileira pela revista “Rolling Stone Brasil”. O álbum “Acabou Chorare”, lançado pelos “Novos Baianos” foi classificado pelo mesmo periódico como o maior álbum brasileiro de todos os tempos. Moraes começou tocando sanfona de doze baixos em festas de São João e em outros eventos de sua cidade-natal, Ituaçu, como no "Portal da Chapada Diamantina". Em sua adolescência, enquanto concluía um curso de ciências na cidade de Caculé, Bahia. Moraes Moreira aprendeu a tocar violão. Moraes Moreira se mudou para Salvador, conhecendo Tom Zé e entrando em contato com o rock. Ao conhecer Baby Consuelo, Pepeu Gomes, Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão, formou o conjunto “Novos Baianos”. Em sua parceria com Galvão, compôs quase todas as canções interpretadas pelo grupo. Moraes Moreira iniciou sua carreira solo como vocalista do trio elétrico "Dodô e Osmar” e gravou várias músicas populares associadas ao carnaval, no estilo que era convencionalmente chamado de "frevo trieletrizado". "Pombo Correio", "Vassourinha Elétrica" e "Bloco do Prazer", são exemplos de sucessos desta fase de sua carreira. Moraes Moreira se distanciou do carnaval baiano, devido a sua comercialização para a indústria do turismo. Moraes Moreira gravou “O Brasil Tem Concerto”, influenciado pela ,música erudita e no ano seguinte gravou o especial televisivo “Acústico MTV Moraes Moreira”, mais tarde transformado em CD e DVD. Moraes Moreira gravou um álbum carnavalesco em que comemora seus cinquenta anos, “50 Carnavais” e depois lançou o álbum “500 Sambas”, em homenagem aos quinhentos anos do descobrimento do Brasil. Moraes Moreira lançou “Bahião Com H”, performando o baião com seu característico sotaque baiano. Com o lançamento de “Meu Nome é Brasil”, Moraes Moreira completou sua trilogia temática no Brasil, que também incluía “Lá Vem o Brasil Descendo a Ladeira” e “O Brasil Tem Concerto”. Moraes Moreira lançou independentemente o álbum “De Repente”, misturando o hip hop com influências do repente nordestino. Moraes Moreira lançou o livro “A História dos Novos Baianos e Outros Versos” em que conta a história do grupo em literatura de cordel, incluindo no mesmo curiosidades sobre as músicas de sua carreira solo. O livro resultou em uma turnê nacional homônima, na qual interpretou seus maiores sucessos e recitou trechos do livro. A turnê foi transformada em DVD e CD. Moraes Moreira gravou “A Revolta dos Ritmos” e “Ser Tão”, ambos com composições inéditas. Moraes Moreira foi casado com Marília Mattos com quem teve um filho, o músico Davi Moraes e com Patrícia. Moraes Moreira teve mais uma filha, Maria Cecília. Durante a pandemia de COVID-19, postou um cordel em sua conta oficial do Facebook sobre a quarentena aderida no Brasil e em outros países O músico planejava um concerto no qual iria incluir mais de vinte canções não publicadas. Moraes Moreira morreu dormindo, provavelmente de infarto agudo no miocárdio. Várias homenagens foram feitas por famosos em redes sociais e entrevistas.