Hilda Campos Soares da Silva
(Santos/SP, 10 de setembro de 1920)
(São Paulo/SP, 29 de abril de 1984).
Leny Eversong foi uma locutora, apresentadora e cantora brasileira, especializada em música internacional, com atuação em música, rádio, cinema e TV. Dona de uma voz poderosa, Leny Eversong venceu um concurso de talentos mirins na “Rádio Clube” de Santos aos doze anos. Leny Eversong foi para o Rio de Janeiro, onde se apresentou na “Rádio Tupi”, atuando também em shows no “Cassino da Urca” e no “Copacabana Palace”. Mas sua carreira não decolou. Leny começou a gravar como crooner da orquestra de Anthony Sergi, o Totó. Leny só gravava temas internacionais, na maioria norte-americanos. Leny Eversong começou a gravar também em português. Passou pela “Rádio Excelsior” (SP) e “Nacional” de São Paulo. Mas foi apenas a partir da inauguração da “Rádio Mundial” do Rio de Janeiro, que sua carreira decolou. Em breve já era um dos maiores salários do rádio brasileiro. Leny Eversong começou a se apresentar nos Estados Unidos em shows, principalmente em Las Vegas, onde fez várias temporadas nos famosos cassinos e televisão, culminando com a participação num programa apresentado por Ed Sullivan, onde intercalava suas interpretações com as de um jovem astro do rock chamado Elvis Presley. Leny Eversong cantou no “Olympia” de Paris e lançou discos gravados nos EUA e Paris. Leny Eversong também se apresentou na Argentina, vendida como uma cantora americana, depois Venezuela, Cuba, Peru, Chile e Uruguai. Criticada no Brasil por só cantar músicas estrangeiras, gravou também compositores brasileiros, como Lupicínio Rodrigues, Tom Jobim e Adoniran Barbosa, mas se notabilizou mesmo no cancioneiro internacional, cantando em inglês, sobretudo, mas também em francês, espanhol e italiano. Alguns dos seus maiores êxitos foram as gravações de "Jezebel" e o "Canto Afro-Cubano", um medley com "Tierra Va Tembla" e "El Cumbanchero". Também marcantes foram suas gravações de "Granada" e "Samba Internacional". Leny Eversong participou da montagem da “Ópera dos Três Vinténs”, de Brecht e de alguns festivais como o “Festival de Música Popular Brasileira” na TV Record. No Rio atuou num memorável show na boate “Drink” junto com Cauby Peixoto, registrado em disco gravado ao vivo, seguindo por sua última turnê pelos EUA, onde gravou um especial para a Rede CBS. Leny Eversong voltou ao Rio para um show no “Canecão”. Leny Eversong foi se afastando lentamente da vida artística, por motivos pessoais e de saúde. Seu marido, Francisco Luís Campos Soares da Silva (conhecido como Nei) desapareceu misteriosamente (supostamente vítima de homicídio) e o desgosto, junto ao diabetes e o excesso de peso a prejudicavam. Leny Eversong foi casada com o pianista Alvinho Filgueiras com quem teve um filho, Álvaro e era viúva do compositor Francisco Luiz Campos Soares da Silva “Nei” Campos. Leny Eversong fez uma última participação no programa televisivo "O Show é o Limite", de J. Silvestre. Leny Eversong morreu, em total ostracismo, de complicações decorrentes de diabetes e hipertensão.