Ermenegilda Cordeiro Pereira Teixeira

(Alcaíde/PORTUGAL, 13 de fevereiro de 1926)               

(Rio de Janeiro/RJ, 08 de novembro de 1983). 

Gilda Valença foi uma cantora e atriz, nascida em Portugal com carreira no Brasil e em Portugal e atuação em música, rádio, teatro, cinema e TV. Filha de Manuel Hermeneavdo Pereira e de Isabel Cordeiro de Almeida. Irmã da também cantora Ester de Abreu e da também atriz Julieta Valença. Os primeiros passos no mundo artístico foram ainda em Lisboa, cantando em programas infantis na “Emissora Nacional”. Gilda cantava no coro do programa infantil, quando as aulas do colégio de “Santo António” permitiam. Ao final dos estudos, Gilda se formou contadora. Gilda foi convidada para cantar na “Rádio Renascença”, mas desistiu quando se casou com Sr. Teixeira. Gilda chegou ao Brasil a convite da irmã Julieta, que já residia no Rio de Janeiro fazia mais de uma década. O compositor Fernando Lobo e a cantora Aracy de Almeida viram-na cantando em uma festa e a indicaram ao radialista Luiz Jatobá, da "Rádio Tupi", passando a se apresentar no programa de Ary Barroso. Gilda fez duas novelas, “Antônio Maria” e “A Fábrica”, ambas na TV Tupi. Na TV, Gilda Valença fez ainda, como atriz, o episódio “A Severa” da série “Teatro Câmera Um” também na TV Tupi, o episódio “O Tesouro de Chica da Silva” da série “Aplauso” na TV Globo e o programa “Festival 9” na TV Continental participando como cantora. Gilda Valença precisou mudar de nome artístico, pois usava o nome Gilda de Abreu, homônimo da atriz e cantora esposa do cantor Vicente Celestino, adotando o nome Valença já usado por sua irmã, Julieta. No cinema, Gilda fez os filmes “O Petróleo é Nosso”, “Sangue na Madrugada”, “Portugal... Minha Saudade”, “O Jeca Macumbeiro”, “Jecão, um Fofoqueiro no Céu”, “O Jeca e o Seu Filho Preto”, “A Banda das Velhas Virgens”, “O Jeca e a Égua Milagrosa” e “O Grande Palhaço”. Gilda Valença trabalhou, como se pode perceber, em vários filmes de Mazzaropi. Gilda Valença voltou a Portugal, tendo atuado no teatro, mas retornou ao Brasil e lançou pela gravadora “Sinter” a marcha "Uma Casa Portuguesa" (que foi seu grande sucesso na carreira) e o bolero mambo "Vê... Lá Bem". Gilda Valença morreu vitimada por um câncer de ovário.