Carlos José Ramos dos Santos
(São Paulo/SP, 22 de setembro de 1934)
(Rio de Janeiro/RJ, 09 de maio de 2020).
Carlos José foi advogado, cantor, compositor, apresentador e seresteiro brasileiro. Paulistano, Carlos José se mudou para o Rio de Janeiro ainda menino. Carlos José ingressou na faculdade de Direito, onde organizou um grupo de teatro e música que revelou, entre outros, Geraldo Vandré e Sylvinha Telles. Carlos José estreou profissionalmente no programa "Um Instante, Maestro" de Flávio Cavalcanti. Carlos José gravou seu primeiro disco em 78 rpm que lhe rendeu o título de cantor revelação do ano por cronistas do Rio de Janeiro com gravações de sambas-canção como "Ouça", de Maysa e "Foi a Noite" de Tom Jobim e Newton Mendonça. Com o sucesso, abandonou a carreira de advogado. Carlos emplacou sucessos nas rádios do país, como "Esmeralda", "Guarânia da Saudade" e "Lembrança". Carlos José gostava de ser chamado de "o último seresteiro". O cantor havia voltado aos estúdios após um longo período afastado do meio musical. Carlos José gravou o disco "Musa das Canções", com o irmão Luiz Cláudio Ramos, violonista e arranjador. A obra reúne regravações de todos os maiores sucessos da carreira do intérprete e compositor, como "Doralice" e "Marina" (ambas de Dorival Caymmi), "Celina" de sua autoria e "Maria" (de Ary Barroso e Luis Peixoto). O CD contou com a participação de Chico Buarque e Jerry Adriani. Carlos José era casado com Vera Goulart e deixa dois filhos. Na ocasião de sua morte, a esposa de Carlos José também lutava contra a COVID-19, doença que acabou vitimando o cantor.