Carlos Alberto de Oliveira
(Rio de Janeiro/RJ, 1935)
(Rio de Janeiro/RJ, 1994).
Carlão Elegante foi um sambista, bandonolista, violonista e ator brasileiro. Carlão Elegante foi um artista completo: cantava, compunha, interpretava e tocava um violão maneiro. Tanto talento lhe concedeu o cobiçadíssimo título de “Cidadão Samba” do carnaval. A história de Carlão como músico profissional começa quando ele integrava o conjunto “Lá Vai Samba”. Além de Carlão faziam parte do grupo, Délcio Carvalho (voz) - que mais tarde fora parceiro de Dona Ivone Lara e de Noca da Portela em uma penca de sucessos - Everaldo Cruz (violão), Jones (cavaquinho), Baianinho (cuíca) e Samuel (surdo). Na mesma época, o sambista ingressa na ala de compositores da “Unidos de São Lucas”. Carlão Elegante emplaca uma obra-prima na “Unidos de São Lucas” - "Mar Baiano em Noite de Gala". Logo na sequência, interpreta um dos personagens centrais do filme “A Força de Xangô” de Iberê Cavalcanti. Carlão Elegante foi coadjuvante na novela “Pai Herói” da TV Globo onde interpretou (Teodoro), misto de cantor e segurança da gafieira da (Ana Preta), personagem da atriz Glória Menezes e finalmente grava seu disco (único solo) “Um Cidadão Sambista” pela antiga “CBS”, atual “Sony Music”. Além de ter soltado a voz na avenida pelo “Galo da Leopoldina”, Carlão Elegante também passou pela “Tupy de Brás de Pina”, onde defendeu os sambas “Negrinho do Pastoreio” de Luiz Reza Forte, Ariel Matias e Walter Gaguinho e “O Sobrenatural de Almeida” de Nélson Rodrigues e “Dramaturgo do Mundo Cão”. A partir daí, as aparições de Carlão - tanto na música quanto na dramaturgia - passam a ser escassas. Carlão se torna parceiro de composições que aparecem nos discos de Nei Lopes. Alguns frutos desta parceria são os sambas “Festa da Dentadura” e “Solução Urgente”. Esta última pode ser conferida no disco “Negro Mesmo” em que há um dueto magnífico entre Nei e Carlão. Carlão Elegante morreu em extrema pobreza. Não há informações sobre os motivos que levaram Carlão Elegante à morte.