Loading...
Aguarde. Estamos processando seu pedido...

RAUL SEIXAS (44 anos)

ID: h128 Categoria: Cantores/Músicos Date : Wednesday 19th August 2020 9:00:00 pm Tipo : Image / Photo

No rating received yet. [[ ItemDetailsCtrl.itemRating.totalVotes ]] vote(s) - You have rated [[ ItemDetailsCtrl.itemRating.selfRating ]]

Resenha

Raul Santos Seixas                                  

 

(Salvador/BA, 28 de junho de 1945        

(São Paulo/SP, 21 de agosto de 1989).

 

Raul Seixas foi um cantor, compositor, produtor e multi-instrumentista brasileiro, frequentemente considerado um dos pioneiros do rock brasileiro. Raul Seixas nasceu numa família de classe média baiana. Seu pai, Raul Varella Seixas, era engenheiro da estrada de ferro e sua mãe, Maria Eugênia Santos Seixas, se dedicava às atividades domésticas. Raul também era o nome do avô paterno. Raul teve, na infância, um bom relacionamento com seu único irmão, Plínio Santos Seixas. Raul Seixas começou a frequentar o curso primário, estudando com a professora Sônia Bahia e depois de concluir o primário, fundou com alguns amigos o “Club dos Cigarros”. O sofrível desempenho escolar de Raul começou quando ingressou no Colégio São Bento” onde foi reprovado na segunda série por três anos. Um dos motivos da reprovação, segundo alguns biógrafos, é que ele, em vez de ir assistir as aulas, ouvia rock and roll - em seus primórdios - na loja Cantinho da Música”.  Apaixonado pelo estilo, Raul Seixas fundou o Elvis Rock Club” com o amigo Waldir Serrão. Segundo a jornalista Ana Maria Bahiana foi através de Serrão que Raul Seixas começou a sair de casa e a manter uma vida social mais ampla. Segundo Raul, o encontro com Serrão foi fantástico. O Elvis Rock Club” era como uma gangue, que procurava brigas na rua, fazia arruaça, roubava bugigangas e quebrava vidraças. Raul Seixas participava com os amigos de tais atividades, embora não gostasse muito dessa onda. A família resolveu, então, matricular Raul num colégio de padres, o “Colégio Interno Marista”, aonde chegou à terceira série, mas acabou repetindo o estágio. Raul começou a se interessar por leitura, pois seu pai, um amante dos livros, possuía uma vasta biblioteca em casa. Tão logo decifrou o mistério das letras, o garoto pôs-se a ler os volumes que encontrava na biblioteca do pai e assim, as histórias que lia fomentavam sua fértil imaginação. Nos cadernos do colégio, Raul fazia desenhos, criava personagens, enredos, para depois vender ao irmão quatro anos mais novo, que acabava ficando interessado e comprava os esboços. Segundo Raul, um dos personagens principais dessas histórias era um cientista maluco chamado "Mêlo" que viajava para diversos lugares imaginários como o "Nada", o "Tudo", "Vírgula", "Xis ao Cubo" e "Oceanos de Cores". Raul dizia que "Melô" era sua outra parte, a que buscava as respostas.  Plínio ficava horas ouvindo atentamente o irmão contar suas histórias, dentro do quarto dos dois. Raul encenava os personagens como um ator.  Ambos tinham algo em comum: adoravam literatura, mas odiavam a escola. Mais tarde, já maduro, Raul Seixas diria: "Eu era um fracasso na escola. A escola não me dizia nada do que eu queria saber. Tudo o que aprendia era nos livros, em casa ou na rua. Repeti cinco vezes a segunda série do ginásio. Nunca aprendi nada na escola. Minto. Aprendi a odiá-lá”. De um modo ou de outro, Raul Seixas precisava frequentar a escola vez ou outra. Em uma determinada ocasião, o pai perguntou como ele estava indo na escola e pediu o seu boletim. Raul mostrou um boletim falsificado, com todas as matérias com a nota dez. O pai questionava se ele havia estudado, mas a mãe Maria Eugênia interrompia, desmentia Raul e contava que ele ficava ouvindo rock o dia inteiro. Os pais de Raul, como toda a geração da época, estranhavam o rock que não era muito bem-vindo entre as famílias. Embora Raul mantivesse um gosto muito sincero pela música, seu sonho maior era ser escritor como Jorge Amado. Na sua cidade escutavam Luiz Gonzaga todos os dias, nas praças, nas casas, em todos os estabelecimentos. Enquanto isso, Raul se juntou à cena do rock, que se formava em Salvador. Com o passar do tempo, uma banda criada por Raul Seixas chegou a ter diversos nomes, como “Relâmpagos do Rock” formada então pelos irmãos Délcio e Thildo Gama e passou por várias formações até chegar no “The Panters”, banda que agora já se tornara sensação de Salvador. A fama se espalhou e a banda foi rebatizada para “Os Panteras”, tendo em sua formação definitiva além de Raulzito, os integrantes Mariano Lanat, Eládio Gilbraz e Carleba. Raul Seixas começa um relacionamento com Edith Wisner, filha de um pastor protestante americano. O pai de Edith não aceita o namoro da filha com um cantor. Raul Seixas, então, em seis meses, completa o segundo grau, faz cursinho pré-vestibular e passa em Direito, Psicologia e Filosofia e se casa com Edith. Logo em seguida abandona os estudos, volta a reunir “Os Panteras” e aceita o convite de Jerry Adriani para ir para o Rio de Janeiro. Raul foi produtor musical da "CBS", durante sua estada na cidade do Rio de Janeiro e, por vezes, é chamado de “Pai do Rock Brasileiro” e “Maluco Beleza”. “Raulzito e os “Panteras” gravam o seu primeiro e único disco, “Raulzito e os Panteras. Assinando contrato com a gravadora "EMI-Odeon", após encontrarem Chico Anysio e Roberto Carlos, que os reconheceu nos corredores de uma grande gravadora. Sua obra musical é composta pelos discos “Raulzito e os Panteras”, Os 24 Maiores Sucessos da Era do Rock”, “Krig-ha, Bandolo!”, “Gita”, “Novo Aeon”, “Há 10 Mil Anos Atrás”, “Raul Rock Seixas”, "O Dia Em Que a Terra Parou”, “Mata Virgem”, “Por Quem os Sinos Dobram”, “Abre-te Sésamo”, “Raul Seixas”, “Metrô Linha 743”, “Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum!”, “A Pedra do GênesisA Panela do Diabo” - esse último com Marcelo Nova - lançados durante vinte e seis anos de carreira. Seu estilo musical é tradicionalmente classificado como rock e baião e de fato conseguiu unir ambos os gêneros em músicas como “Let me Sing, Let me Sing”.  Seu álbum de estreia foi “Raulzito e os Panteras”, mas Raul só ganhou notoriedade de crítica e de público com músicas como “Ouro de Tolo”, “Mosca na Sopa” e “Metamorfose Ambulante” do álbum “Krig-ha, Bandolo!”. Raul Seixas tinha um estilo musical que era chamado de contestador e místico. Isso se deve aos ideais que defendia como a Sociedade Alternativa” apresentada no álbum “Gita”, influenciado por figuras como o ocultista britânico Aleister Crowley. Cético e agnóstico, Raul tinha grande interesse por filosofia (sobretudo, metafísica e ontologia), psicologia, história, literatura e latim. Algumas ideias dessas correntes foram muito aproveitadas em sua obra que conseguiu gozar de uma audiência relativamente alta durante sua vida. Sua obra musical tem aumentado continuamente de tamanho, na medida em que seus discos (principalmente álbuns póstumos) continuam a ser vendidos, tornando-o um símbolo do rock do país e um dos artistas mais cultuados e queridos entre os fãs nos últimos anos. A revista “Rolling Stone” promoveu a "Lista dos Cem Maiores Artistas da Música Brasileira", cujo resultado colocou Raul Seixas na décima nona posição, superando nomes como Milton Nascimento, Maria Bethânia, Heitor Villa-Lobos e outros.  A mesma revista havia promovido um ano antes a "Lista dos Cem Maiores Discos da Música Brasileira", onde dois de seus álbuns apareceram: Krig-ha, Bandolo!” na décima segunda posição e Novo Aeon”  na posição cinquenta e três. Raul Seixas passou fome no Rio de Janeiro (como mais tarde escreveria em “Ouro de Tolo”). Apostando no talento do amigo, Jerry Adriani convence o então presidente da "CBS", Evandro Ribeiro, a dar a Raulzito um emprego de produtor. Raulzito trabalhou anonimamente por um bom tempo. Nos cadernos de composições de Raul começaria a ser alimentada uma revolução. Após ter entrado na "CBS", Raul Seixas fez grandes aliados e amigos. A dupla “Os Jovens” e a banda “The Sunshines” apostaram em suas letras. No entanto, Raul faria um grande amigo e parceiro, Leno, da dupla Leno e Lilian. Em seu compacto duplo “Papel Picado”, Leno registrou “Um Minuto Mais”, versão de Raulzito para “I Will”. Houve também a importante figura de Mauro Motta, outro grande parceiro de Raul nesta fase. Jerry Adriani decidiu, então, convocar Raul para ser o produtor de seus discos. No álbum de Jerry que produziu, Raul aproveitou para gravar uma de suas músicas, “Tudo Que é Bom Dura Pouco”. Naquela mesma época, outros ídolos da Jovem Guarda também apadrinharam Raulzito gravando suas letras como Ed Wilson, Renato e seus "Blue Caps" e Odair José.  Foi o início de uma fase muito ativa na carreira de Raul Seixas, como produtor da "CBS". Primeiramente, suas composições passaram a ser gravadas pelos artistas do cast da gravadora. Raul Seixas passou o ano produzindo discos para Tony & Frankye, Osvaldo Nunes, Jerry Adriani, Edy Star e Diana, além de escrever uma quantidade enorme de músicas para os colegas da gravadora, algumas de muito sucesso, como “Doce Doce Amor”, gravada por Jerry Adriani, “Ainda Queima a Esperança”, gravação de Diana e “Se Ainda Existe Amor”, gravada por  Balthazar. Raul passa a ser um respeitado produtor, conseguiu lançar suas composições que foram sucesso na voz de outros cantores e produziu grandes artistas. Mas, Raul não se conformava apenas com isso, ainda mais quando conheceu o amigo e parceiro Sérgio Sampaio, passando cada vez mais a realimentar os sonhos de quando ainda morava em Salvador, que era ser um cantor. Ao lado de Leno, Raul Seixas participou do disco “Vida e Obra de Johnny McCartney”, disco solo de Leno, em que ambos buscam novos caminhos e experimentações. Juntos assinam letras e composições em parcerias. Foi o primeiro LP gravado em oito canais no Brasil. As letras do disco foram censuradas e o disco acabou não sendo lançado na época. Outro projeto mal sucedido seria o LP “Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10” com a parceria de Sérgio Sampaio, Mirian Batucada e Edy Star, onde Raul Seixas deu início a produção de um projeto de ópera-rock, tendo as letras mutiladas pela censura do "Regime Militar". O “Sociedade Grã Ordem Kavernista” era um disco anárquico, inspirado em Frank Zappa e o então cultuado disco “Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band” dos Beatles misturado a elementos brasileiros, como samba, chorinho, baião. Quando lançado, o disco não obteve sucesso de público e nem de crítica. Foi abandonado à própria sorte até mesmo pela gravadora, cujos executivos tanto no Brasil como na matriz, nos Estados Unidos não gostaram do resultado final. Com isso, não houve investimento em divulgação do trabalho nas rádios e programas musicais da época. Muitas lendas cercam esse disco que traz onze faixas intercaladas por vinhetas. A principal delas diz que Raul, Sérgio, Edy e Mirian gravaram as músicas às escondidas, à noite, sem que ninguém na "CBS" soubesse e que por esse motivo, Raul Seixas, então um bem-sucedido produtor da gravadora, teria sido demitido. No entanto, segundo Edy Star, único sobrevivente dos quatro artistas, o trabalho foi profissional e feito com o conhecimento da gravadora. Raul não foi demitido. Tanto que no ano seguinte produziu o compacto “Diabo no Corpo” de Mirian Batucada, e o LP de estreia da cantora Diana na própria "CBS". Raul só saiu da gravadora meses depois desse último trabalho, sendo contratado pela "RCA Victor". Raul Seixas decide participar do Festival Internacional da Canção, sendo convencido por Sérgio Sampaio. O cantor compõe duas músicas, "Let Me Sing, Let Me Sing", defendida pelo próprio Raul e "Eu Sou Eu e Nicuri é o Diabo", defendida por Lena Rios & "Os Lobos". Ambas chegam à final, obtendo sucesso de critica e de público. Rapidamente, Raul foi contratado pela gravadora "Philips". Na época, Raul Seixas se interessou por um artigo sobre extraterrestres publicado na revista “A Pomba” e tem o seu primeiro contato com o escritor Paulo Coelho, que mais tarde, se tornou seu parceiro musical. Raul Seixas e Paulo Coelho criam a Sociedade Alternativa” uma sociedade baseada nos preceitos do bruxo inglês Aleister Crowley, praticamente repetindo o chamado Livro da Lei”. O cantor foi levado pelo escritor a conhecer uma ordem filosófica baseada na “Lei de Thelema”, desenvolvida por Crowley. A “Sociedade Alternativa”, com sede alugada, papel timbrado e relatórios mensais chegou a anunciar a aquisição de um terreno em Minas Gerais, para a construção da “Cidade das Estrelas”, uma comunidade onde a única lei era: “Faz o que tu queres, há de ser tudo da lei”. Em todos os seus shows, Raul divulgava a “Sociedade Alternativa” com a música de mesmo nome.  A obsessão de Raul Seixas e Paulo Coelho em construir uma verdadeira civilização thelêmica, evidentemente, trouxe problemas com a "Censura". A "Ditadura", então, através do "DOPS" (Departamento de Ordem Política e Social) prendeu Raul e Paulo, pensando que a “Sociedade Alternativa” fosse um movimento armado contra o governo. Depois de torturados, Raul e Paulo foram exilados para os Estados Unidos, com suas respectivas esposas, Edith Wisner e Adalgisa Rios. Muitas histórias são contadas sobre a estadia de Raul Seixas nos Estados Unidos, como seu encontro com John Lennon, mas ninguém sabe ao certo se são verdadeiras. No entanto, o LP “Gita” gravado poucos meses antes fez tanto sucesso, que forçou a "Ditadura" a trazê-los de volta para o Brasil. O álbum “Gita” rendeu a Raul um disco de ouro, sendo considerado o LP de maior sucesso de sua carreira.  No mesmo período, Raul se separou de Edith, que foi para os Estados Unidos com a filha do casal, Simone. Algum tempo depois Raul Seixas se casa com Glória Vaquer e grava o LP “Novo Aeon”, onde compôs junto com Paulo Coelho, uma de suas músicas mais conhecidas, "Tente Outra Vez", que seria creditada juntamente com Marcelo Motta. Durante toda a carreira Raul Seixas se uniu a parceiros em seus discos. Paulo Coelho, Jay Vaquer,  Cláudio Roberto, Oscar Rasmussen, Rick Ferreira e Marcelo Nova, são os principais. Com o tempo Raul começa a apresentar problemas de saúde devido ao alcoolismo o que causou a perda de um terço do pâncreas. Raul Seixas faz um show antológico na praia do Gonzaga, em Santos, reunindo mais de cento e cinquenta mil pessoas e se apresenta bêbado em Caieiras, São Paulo, quando é quase linchado pela plateia que acredita que Raul é um impostor, duvidando que fosse ele mesmo. Raul estava sem gravadora e agora também sem perspectiva de um novo contrato. Porém, algum tempo depois, Raul é convidado para gravar um disco pelo "Estúdio Eldorado". Logo depois, Raul é convidado para gravar o especial infantil “Plunct, Plact, Zuuum” da TV Globo, onde canta a música "Carimbador Maluco".  O álbum “Raul Seixas” que continha a canção, dá à Raul mais um disco de ouro. Raul passa alguns meses numa fazenda na Bahia, para se recuperar de uma pancreatite. Mergulhado na depressão, Raul se afunda nas drogas.  Raul Seixas grava o LP "Metrô Linha 743" pela gravadora "Som Livre", com a maior parte das composições em parceria com sua companheira Kika Seixas e uma das faixas, “Mas I Love You (Pra Ser Feliz)", em parceria com seu guitarrista Rick Ferreira, que teve participação em todos os discos de Raul, a partir de Gita. Mas depois, Raul teve as portas fechadas novamente, devido ao seu consumo excessivo de álcool e constantes internações para desintoxicação. Mesmo assim, o selo "Eldorado" lança o disco “Ao Vivo - Único e Exclusivo”. Raul Seixas estreita relações com Marcelo Nova (fazendo uma participação no disco Duplo Sentido”, da banda Camisa de Vênus”, na música  “Muita Estrela Pra Pouca Constelação”) e  faz seu último álbum solo, “A Pedra do Gênesis”.  A convite de Marcelo Nova, faz alguns shows em Salvador, após três anos sem pisar num palco. Raul faz uma turnê com Marcelo Nova, agora parceiro musical, totalizando cinquenta apresentações pelo Brasil. Durante os shows, Raul se mostra debilitado. Tanto que só participa de metade do show, a primeira metade é feita somente por Marcelo Nova. As apresentações pelo Brasil resultaram naquele que seria o último disco lançado em vida por Raul Seixas. O disco foi intitulado de “A Panela do Diabo”, lançado um dia depois da morte de Raul Seixas. O LP A Panela do Diabo vendeu cento e cinquenta mil cópias, rendendo a Raul um disco de ouro póstumo, entregue à sua família e também a Marcelo Nova, se tornando assim um dos discos de maior sucesso de sua carreira. Raul Seixas namorou a atriz Isolda Cresta e foi casado seis vezes. A primeira com Edith Wisner com quem teve a filha Simone, com Glória Vaquer com quem teve a filha Scarlet, com Tânia Mena Barreto, com Ângela Affonso Costa, a “Kika Seixas” mãe de sua filha, a DJ Vivian Seixas, com Lena Coutinho e de novo com Kika Seixas. Depois de sua morte, Raul permaneceu sendo enorme sucesso. Foram produzidos vários álbuns póstumos, lançadas inúmeras coletâneas, filmes e documentários de cinema e TV realizados, biografias escritas. O cantor Zé Ramalho lançou o DVD “Zé Ramalho Canta Raul Seixas: Ao Vivo” contando com algumas canções de Raul, o canal a cabo Multishow promoveu um show especial de tributo a Raul, intitulado “O Baú do Raul: Uma Homenagem a Raul Seixas. Mesmo depois de sua morte, Raul Seixas continua fazendo sucesso entre novas gerações. Vinte anos depois, o produtor musical Marco Mazzola, amigo pessoal de Raul, divulgou a canção inédita "Gospel", censurada na época de sua composição. A canção foi incluída na trilha sonora da novela “Viver a Vida” da TV Globo, o cantor americano Bruce Springsteen cantou "Sociedade Alternativa" na abertura de seu show no "Rock in Rio 2013". A TV Record definiu a música "Tente Outra Vez", como tema de abertura da novela “Vitória”.  O nome de uma de suas canções mais famosas, "Maluco Beleza", batizou uma rádio em Campinas, feita por pessoas com problemas de saúde mental e usuários de drogas, visando reintroduzi-las na sociedade. Na biografia de Raulzito escrita por Jotabê Medeiros, foi levantada a suspeita sobre a possibilidade de o compositor ter delatado seu parceiro Paulo Coelho de Souza às autoridades. Porém, após a análise de documentos usados na tese de doutorado de Lucas Marcelo Tomaz de Souza esta hipótese foi refutada. Na realidade, o escritor foi preso e torturado pelos órgãos de repressão da ditadura militar durante duas semanas por ter sido confundido com o militante Paulo Coelho Pinheiro, do "PCBR".  Raul Seixas foi encontrado morto sobre a cama, em seu apartamento em São Paulo, vítima de uma parada cardíaca: seu alcoolismo, agravado pelo fato de ser diabético e por não ter tomado insulina na noite anterior, causaram-lhe uma pancreatite aguda fulminante.

Tags
Loading...