Esther Alexander Andrade                            

(Belém/PA, 04 de janeiro de 1927)                   

(Rio de Janeiro/RJ, 24 de fevereiro de 2006).    

Cléa Simões foi uma atriz brasileira. Cléa Simões iniciou a carreira participando de vários filmes clássicos do cinema brasileiro, como “O Coronel e o Lobisomem”. Na TV, o maior destaque foi na novela “O Direito de Nascer“ da TV Tupi, onde viveu (Mamãe Dolores), uma das principais personagens da trama. Outros trabalhos na TV foram nas novelas “Eu Compro Esta Mulher”, “A Rainha Louca”, “Uma Rosa com Amor”, “Senhora”, “Vejo a Lua no Céu”, “Sem Lenço, Sem Documento”, “Os Gigantes”, “Livre Para Voar”, “Deus Nos Acuda“, “Fera Ferida”, “Quem é Você?”, “Laços de Família” e “Coração de Estudante”, nas minisséries “Meu Destino é Pecar” e “Desejo”, todas na TV Globo, além da minissérie “A Guerra dos Pintos”  na TV Bandeirantes. Infelizmente, como a maioria dos atores negros, esteve relegada a papéis de empregadas na maior parte das produções das quais participou. Cléa participava da “Velha Guarda da “Portela” e atuou nos filmes “Sabor de Paixão” (Woman on Top), uma produção americana dirigida pela venezuelana Fina Torres, “Menino de Engenho”, “Demoni 3”, “Solidão, Uma Linda História de Amor”, “O Coronel e o Lobisomem”, “A Deusa Negra”, “Essa Freira é Uma Parada”, “Ladrões de Cinema”, “Ódio”, “Quem Matou Pacífico?”, “Costinha o Rei da Selva”, “Essa Gostosa Brincadeira a Dois”, “Como é Boa Nossa Empregada”, “Em Compasso de Espera” e “Macumba Love”. No teatro, entre outras peças, Cléa Simões atuou em “As Feiticeiras de Salem” clássico texto de Arthur Miller e de “Do Mundo Nada se Leva”, outro clássico dos palcos americanos. Cléa participou, também, da peça “Tupã, A Vingança”, de Mauro Rasi, ao lado de Miguel Falabella, Lucélia Santos, Rubens de Falco e Jacqueline Laurence. Um ano antes de sua morte, a atriz esteve em Belém do Pará, sua terra natal, para participar do lançamento do documentário: “O Negro no Pará - Cinco Décadas Depois”, vídeo produzido pelo “Instituto de Artes do Pará” (IAP). A atriz era neta de negros barbadianos, que migraram para a América, no século XIX. Cléa Simões morreu de falência múltipla dos órgãos em consequência de hipertensão e insuficiência renal.