Ataíde de Melo Patreze
(Mirassol/SP, 20 de dezembro de 1941)
(São Paulo/SP, 03 de março de 2006).
Ataíde Patreze foi apresentador de TV, empresário e socialite brasileiro. Herdeiro de uma fortuna deixada por seu pai, iniciou na televisão pelas TVs Tupi, Record e Globo, como auxiliar de Silvio Santos. Patreze teve seus anos de maior sucesso, com o programa “Athayde Patreze Repórter” e, em seguida, com “Ricos e Famosos”, ambos no SBT. Patreze também foi colunista social. No final de sua vida, trabalhava simultaneamente na TV Comunitária de São Paulo e na TV Milênio (TVA). Seus programas cobriam viagens, festas da alta sociedade (principalmente paulista), eventos do mundo empresarial e entrevistas com ricos e famosos. Patreze foi o criador do bordão "simplesmente um luxo" e utilizava sempre um microfone dourado em seus programas, que afirmava ser "de ouro dezoito quilates". Patreze possuía apenas um dos rins, pois havia doado o outro ao filho Marcos, nascido de seu primeiro casamento. O outro órgão começou a apresentar problemas com o tempo, obrigando-o a realizar sessões freqüentes de hemodiálise. Ataíde depôs na CPI do “Tráfico de Órgãos na Assembleia Legislativa” de Minas Gerais, pois o mesmo havia declarado semanas antes em um programa da RedeTV que um médico do “Hospital Sírio-Libanês” havia lhe oferecido um transplante de rim por cinquenta mil dólares. Ataíde declarou estar juntando o dinheiro - já havia vendido sua BMW por vinte e cinco mil dólares - quando se arrependeu da intenção. Tudo isso está documentado nos anais da CPI de “Tráfico de Órgãos” e no livro "Transplantes de Orgãos - O Que A Máfia Não Quer Que Você Saiba", de Paulo Pavesi. Patreze estava esperando um transplante renal, sem, no entanto encontrar um doador compatível, quando morreu devido a uma arritmia e consequente parada cardíaca, após uma sessão de hemodiálise.