Odete Cipriano Serpa
(Rio de Janeiro/RJ, 22 de setembro de 1921)
(Rio de Janeiro/RJ, 17 de outubro de 2002).
Yara Cortes foi uma atriz brasileira de cinema, teatro e TV. De família rica, Yara foi criada em um internato após a morte da mãe. Durante os anos no internato, Yara já manifestava vocação para o teatro quando, incentivada pelos professores, representava em festas e atividades extracurriculares, porém, antes de ingressar na carreira de atriz trabalhou de aeromoça e serviu como enfermeira do “Exército Brasileiro” na base de Paranamirim, em Natal, RN durante a “Segunda Guerra Mundial”. Yara Cortes iniciou a carreira artística quando foi aprovada num teste para trabalhar na “Companhia de Teatro Dulcina”, onde adotou o nome artístico de Yara Cortes e estreou no espetáculo “Mulheres” de Claire Boothe que lhe rendeu um prêmio. Na companhia fez mais algumas peças de sucesso como “As Solteironas dos Chapéus Verdes” de Germaine Acremant e “Figueira do Inferno” de Joracy Camargo. Yara ingressou na companhia “Teatro dos Sete” onde atuou em peças de sucesso ao lado de nomes como Fernanda Montenegro, Sérgio Britto, Ítalo Rossi e Célia Biar. A peça de estreia foi “O Mambembe” apresentada no “Teatro Municipal do Rio de Janeiro”. Outra montagem de sucesso que participou foi “O Chifrudo” de Miguel M. Abrahão com direção de Paulo Afonso Grisolli ao lado de Lícia Magna. Yara fez as peças “Loucuras de Madame Vidal”, “Diabinho de Saias”, “A Profissão da Senhora Warren”, “Apague Meu Spotlight” e “Antes Tarde do Que Nunca”. No cinema, Yara fez sua estreia no filme “O Palhaço, o Que é?” de Carlos Manga. Yara Cortes pouco se dedicou à carreira cinematográfica fazendo, ao longo da carreira, além deste, mais quatro filmes, “Viver de Morrer”, “Jerônimo, o Herói do Sertão”, “Obsessão” e “Rainha Diaba”. Yara Cortes começou na TV participando do “Grande Teatro Tupi” um programa especial de teleteatros. Yara Cortes se mudou para os Estados Unidos e quando voltou, atuou na novela “Os Acorrentados” da TV Record escrita por Janete Clair e dirigida por Daniel Filho. Yara Cortes estreou na TV Globo onde fez brilhante carreira, fazendo as novelas “Minha Doce Namorada”, “O Semideus”, “O Grito”, “Pecado Rasgado”, “Ti-Ti-Ti”, “Pacto de Sangue”, “Top Model”, “Mico Preto”, “Felicidade”, as minisséries “Tenda dos Milagres”, “O Pagador de Promessas” e “Madona de Cedro”, mas se imortalizou por tipos inesquecíveis como (Bubu) em “O Rebu”, (Carolina) em “O Casarão”, (Madame Clô) em “Marron Glacê” e (Olga Moretti Miranda) em “História de Amor”. Yara Cortes fez ainda “Roda de Fogo”, “Mandala”, “A Viagem” e o seriado “O Bem Amado”. Porém, sem dúvida, seu grande sucesso foi a (Dona Xepa) da novela homônima. Sua carreira na TV inclui ainda a participação nas séries “Caso Especial” - onde fez os episódios “Além do Horizonte” e “O Silêncio” e “Você Decide” nos episódios “A Cor do Amor”, “Ligeiramente Grávida”, “Ninguém é Perfeito” e “Juízo Final”. Yara não teve filhos e passou anos morando em um pequeno apartamento, onde criava passarinhos. Yara Cortes morreu vítima de insuficiência respiratória em decorrência de um câncer de pulmão.