WALTER RIBEIRO DOS SANTOS (77 anos)
Walter Ribeiro dos Santos
(São Paulo/SP, 23 de novembro de 1924)
(São Paulo/SP, 08 de dezembro de 2001).
Walter Ribeiro dos Santos foi um apresentador, locutor e ator brasileiro. Filho de tradicional família paulista, o bisavô pelo lado paterno era "Cirurgião-mor do imperador" e do lado da mãe era a família Zanchi, cujo bisavô era o Major Zanchi, delegado do Brás e da Penha, na capital paulista. Família abastada, Walter teve uma infância tranquila, grande parte passada na cidade de Mogi das Cruzes, interior de São Paulo, para onde os pais se mudaram, motivados pela “Revolução de 32”, pois o pai tinha sido um dos chefes da “Revolução Constitucionalista”. Mesmo sem ter necessidade de trabalhar e até contrariando a vontade dos pais, Walter ganhou uma bolsa de estudos no "SENAI" e se formou em serviço social. E começou a trabalhar. Apesar de trabalhar, era um "bom vivant". Estudou depois na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. E adorou o meio universitário. Já então tinha conhecido Luizir Blota, irmão de Blota Jr. que o levou para fazer programas na “Rádio América”. Ali começou como radioator. Depois de alguns meses passou a ser locutor e assim permaneceu praticamente toda sua vida, isto é, como ator, apresentador e advogado, pois havia se formado e fez questão de montar seu escritório. Foi também locutor esportivo. Walter foi depois para a “Rádio Excelsior”. Quando a “Rádio Excelsior” fundiu-se com a “Rádio Nacional” do Rio de Janeiro, iniciou-se a “Organização Vitor Costa de Rádio e Televisão” e Walter Ribeiro dos Santos passou a fazer televisão. Começou, aliás, na TV Paulista. Aí fazia o programa: "O Que é Felicidade?", que passou a se chamar "Porta da Esperança". Por ser formado em serviço social, Walter se dava bem ajudando as pessoas, conseguindo-lhes cadeiras de rodas, etc.. Passou ainda a participar dos "teledramas", na TV Paulista. Era um ator sério, dramático. Mas sua veia cômica logo se fez notar e ele se ligou à turma de Manuel de Nóbrega. Por anos fez o "Miss Campeonato", representando o "Palmeiras". Esse foi um programa de grande audiência na época. E seguia as jogadas do campeonato paulista de futebol onde, quem ganhasse, ficava com a “Miss Campeonato”. Passou depois para a "Praça da Alegria", sempre obtendo muito sucesso com os tipos caricatos que fazia. E assim apresentava-se em São Paulo e no Rio de Janeiro, indo àquela cidade várias vezes por semana. Ao mesmo tempo continuava com sua banca de advogado, por muitos e muitos anos. Depois, ficou sendo diretor comercial e diretor geral da “Rádio Piratininga” de São Paulo. Formaram, a seguir, a “Rede Piratininga” e Walter Ribeiro dos Santos passou a ser diretor geral. Aí deixou praticamente de atuar, por motivos éticos. Achava que não queria que houvesse inveja ou ciúme, por ele ser diretor. Depois, porém, não aguentou e acabou indo para a TV Record, ainda como comediante. Walter fez muito sucesso como gerente do "Hotel do Sossego". Walter casou-se com a radioatriz Poema Alves e o casal teve três filhos, Luiz Eduardo, Maria Valeria e Antônio Carlos. Houve um tempo, porém, em que Walter voltou-se para os negócios e abriu a empresa "Feira Livre do Automóvel - Matel", que cresceu muito, sendo pioneira no gênero. A empresa tem cinco feiras e só em uma delas, que acontece aos domingos, no Anhembi, em São Paulo, há um fluxo de cinco mil carros, isto é, vinte mil pessoas, por encontro. Isso dura mais de um quarto de século e é um sucesso. Walter Ribeiro dos Santos teve outro sucesso na vida. Foi o mais velho transplantado de fígado do mundo. Seu transplante se deu quando estava com setenta e três anos. Depois, inteiramente saudável, ele se dizia feliz. Walter Ribeiro dos Santos foi casado com a apresentadora Branca Ribeiro com quem teve uma filha. Não há registros sobre as causas que levaram Walter Ribeiro dos Santos à morte.